quinta-feira, 31 de julho de 2014

FLIP 2014 e Millôr Fernades

Escritor e cartunista é o homenageado da edição deste ano da festa literária

A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) escolheu como homenageado da edição 2014 o escritor e cartunista Millôr Fernandes (1923-2012). O evento, que começou na quarta-feira, estende-se até o domingo (3).



Fez críticas à política brasileira. Foto: Millôr
4/8
Autor de livros como "Tempo e Contratempo" e "Que País É Este?", Millôr atuou em veículos como o extinto jornal "O Pasquim" e foi um crítico ácido e bem-humorado.
O livro "Millôr 100 + 100", que será lançado em Paraty nesta quinta-feira pelo Instituto Moreira Sales, traz uma seleção de desenhos e frases do autor. O iG selecionou algumas delas abaixo.
"Todo homem nasce original e morre plágio."
"Se é gostoso, faz logo. Amanhã pode ser ilegal."
"Não existe tendência para engordar. Existe tendência para comer."
"Celebridade é um idiota qualquer que apareceu na televisão."
"Especialista é o que só não ignora uma coisa."
"Fobia é um medo com PhD."
"Idade da razão é quando a gente faz as maiores besteiras sem ficar preocupado."
"De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência."
"Político é um sujeito que convence todo mundo a fazer uma coisa da qual ele não tem a menor convicção."
"Não haverá democracia enquanto eu for obrigado a escrever deus com D maiúsculo."
Lançamento do livro "Millôr 100 + 100"
31 de julho, às 20h
Casa do IMS na Flip (r. do Comércio, 13, Paraty)
Texto disponivel em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/livros/2014-07-31/flip-2014-veja-10-frases-de-millor-fernandes.html> . Acesso: 31/07/2014
Mais informações sobre a FLIP no site www.ig.com.br e no http://www.flip.org.br/flip2014.php

    O uso dos porquês

    O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto.

    Por que
    O por que tem dois empregos diferenciados:
    Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:
    Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
    Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)
    Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
    Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)

    Por quê
    Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
    Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?
    Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.

    Porque
    É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.
    Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
    Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)

    Porquê
    É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
    Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)
    Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)

    Por Sabrina Vilarinho
    Graduada em Letras
    Disponível em:<http://www.brasilescola.com/gramatica/por-que.htm>

    COMO USAR

    Forma
    Quando usar
    Exemplo
    Por que
    Nas perguntas ou quando estiverem presentes (mesmo que não explícitas) as palavras “razão” e “motivo”.
    Por que você não aceitou o convite?
    Todos sabem por que motivo ele recusou a proposta. Ela contou por que (motivo, razão) estava magoada.
    Por quê
    Nos finais de frases.
    Por quê? Você sabe bem por quê.
    Porque
    Quando corresponder a uma explicação ou a uma causa.
    “Não, Bentinho; digo isto porque é realmente assim, creio...” (M. Assis, Dom Casmurro). Comprei este sapato porque é mais barato.
    Porquê
    Quando é substantivado e substitui “motivo” ou “razão”.
    Não sabemos o porquê de ela ter agido assim. É uma menina cheia de porquês.


    Sessão, cessão ou seção ?

    Sessão, cessão ou seção
    Como e quando usar cada expressão?

    Na língua portuguesa há muitos termos parecidos, seja no modo de falar ou de escrever. As palavras sessão, seção e cessão representam um caso que gera muitas dúvidas.
    Vamos tentar aqui exemplificar cada uma para melhor entendimento. Contudo, é importante internalizar o significado de cada uma.
    Vejamos:

    Sessão

    Escrita desse modo significa espaço de tempo de uma reunião deliberativa, de um espetáculo de cinema, teatro, etc. Para se lembrar desse significado é só pensar que ela advém do latim “sessio” e que significa “sentar-se”. Logo, todas as sessões que exijam da pessoa que ela se sente é escrita com três "esses”.
    Exemplos: A sessão demorou muito a começar, mas o filme valeu a pena.
    A sessão terá como objetivo aprovar ou não a nova lei do estudante.
    A sessão com o psicólogo durou um pouco mais do que o planejado.

    Cessão

    Escrita desse modo tem um único significado: ceder, ou seja, transferir algo, dar posse de algo a outrem. Para se lembrar do modo como se escrever lembre-se que “ceder” começa com “c”.

    Exemplos: A cessão de suas terras foi aceita.
    Autorizei a cessão dos materiais deste departamento à instituição carente que os solicitou.

    Seção 
    Desse modo quer dizer o mesmo que secção, ou seja, do ato ou efeito de repartir. Significa ainda: divisão de repartições públicas, parte de um todo, departamento.

    Exemplos: Saiba tudo sobre as novas regras ortográficas! É só clicar na seção "Acordo Ortográfico" do Portal Brasil Escola.
     Cada seção deste projeto vai ter que ser analisada.

    Por Sabrina Vilarinho
    Graduada em Letras
    Equipe Brasil Escola

    Disponível em: <http://www.brasilescola.com/gramatica/sessao-cessao-ou-secao.htm>. Acesso: 31/07/2014


    Português para Concursos - Figuras de Linguagem, Sinônimos e Parônimos -...

    Figuras de linguagens nas músicas

    Figuras de Linguagem nas músicas

    sexta-feira, 25 de julho de 2014

    Adeus a Ariano Suassuna



    Morre o escritor Ariano Suassuna, Autor de "Auto da Compadecida"

    Por iG São Paulo  - Atualizada às 

    Membro da Academia Brasileira de Letras, paraibano de 87 anos sofreu um acidente vascular cerebral

    O escritor paraibano Ariano Suassuna, autor de "Auto da Compadecida" e "A Pedra do Reino", morreu às 17h15 desta quarta-feira (23), aos 87 anos, no Recife.
    Internado no Real Hospital Português desde segunda-feira (21), quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, Suassuna teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracaniana. No ano passado, o autor foi hospitalizado duas vezes, primeiro por causa de um infarto agudo no miocárdio e, depois, por um aneurisma cerebral.
    O escritor Ariano Suassuna. Foto: Divulgação

    Ocupante da Cadeira 32 da Academia Brasileira das Letras, para a qual foi eleito em agosto de 1989, Suassuna foi um dos principais nomes da literatura brasileira do século 20.
    Nascido em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, em 16 de junho de 1927, era filho do político João Suassuna, que ocupou o governo da Paraíba e foi assasinado no Rio de Janeiro, em 1930.
    A família passou a viver em Taperoá, onde Suassuna começou a estudar e viu a primeira peça de mamulengos (fantoches típicos do nordeste brasileiro), que depois teria influência em sua produção teatral.
    Em 1942 o autor se mudou para Recife e aos 16 anos começou a escrever poesias. Aos 20 publicou a primeira peça, "Uma Mulher Vestida de Sol".







    Divulgação
    Imagem do filme 'O Auto da Compadecida'

    Em 1950 formou-se advogado, profissão à qual se dedicou durante anos sem abandonar a literatura. Na faculdade conheceu o escritor Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco.
    Em 1955 publicou "Auto da Compadecida", sua obra mais famosa, que em 2000 seria adaptada para uma minissérie e um filme de sucesso, estrelados por Matheus Nachtergaele e Selton Mello.
    Com projeção nacional, deixou a advocacia e viu suas peças serem montadas em outros Estados. Em 1959, de novo com Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste.
    Na década de 1970, lançou o Movimento Armorial, com o objetivo de criar arte erudita a partir de elementos da cultura popular, como literatura de cordel e música de viola. Seu livro "O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta", de 1971, é baseado nesses preceitos.
    Exerceu, entre outros cargos públicos, o de secretário de Cultura de Pernambuco durante o terceiro governo de Miguel Arraes (1995-1998). Atualmente, era assessor do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
    Em 2012, foi escolhido pelo Senado como "candidato oficial" do Brasil ao prêmio Nobel de Literatura - que, depois, ficou para o chinês Mo Yan. Suassuna teve obras traduzidas para o inglês, francês, espanhol, alemão, italiano, holandês e polonês. Mas não para o sueco, língua dos eleitores do Nobel.
    Fã de futebol, o autor era torcedor fanático do Sport Club do Recife.
    Veja as principais obras de Ariano Suassuna:
    1947 - "Uma Mulher Vestida de Sol"
    1949 - "Os Homens de Barro"
    1950 - "Auto de João da Cruz"
    1952 - "O Arco Desolado"
    1953 - "O Castigo da Soberba"
    1954 - "O Rico Avarento"
    1955 - "Auto da Compadecida"
    1957 - "O Casamento Suspeitoso"
    1957 - "O Santo e a Porca"
    1958 - "O homem da Vaca e o Poder da Fortuna"
    1959 - "A Pena e a Lei"
    1960 - "Farsa da Boa Preguiça"
    1962 - "A Caseira e a Catarina"
    1971 - "O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta"
    1976 - "História d'O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao sol da Onça Caetana"
    1980 - "Sonetos com Mote Alheio"
    1985 - "Sonetos de Albano Cervonegro"
    1987 - "As Conchambranças de Quaderna"


    - "Não troco meu oxente pelo ok de ninguém.”
    - "Terceira idade é para fruta: verde, madura e podre."
    - "O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso."
    - "Tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o galope do sonho. É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver."
    -  “Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa.”
    - "Só o tempo determina se o que foi escrito fica."
    - "A humanidade se divide em dois grupos, os que concordam comigo e os equivocados."
    - "Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas."
    - "Eu digo sempre que das três virtudes teologais , sou fraco na fé e fraco na qualidade, só me resta a esperança. Eu sou o homem da esperança."
    - "Dizem que tudo passa e o tempo duro tudo esfarela."
    - "A massificação procura baixar a qualidade artística para a altura do gosto médio. Em arte, o gosto médio é mais prejudicial do que o mau gosto... Nunca vi um gênio com gosto médio."
    - "Tudo que é vivo, morre."

    Textos disponíveis em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/livros/2014-07-23/morre-o-escritor-ariano-suassuna-autor-de-auto-da-compadecida.html>

    terça-feira, 22 de julho de 2014

    Revisão 7ª Série - 2º Bimestre de 2014


    REVISÃO 7ª série - 2º BIMESTRE DE 2014

    GÊNERO TEXTUAL (tipo de texto):

    A) ARTIGO DE OPINIÃO – Conteúdo:
    - Tema: Os prós e os contras no fato do Brasil ter sediado a Copa do Mundo 2014.
    - Título (é diferente do tema, o tema é o assunto!)
    - Opinião e argumentos (o que pensa e como justifica)
    - Norma padrão da língua (sem abreviação, “internetês”, gíria ou escrever como se fala).
    - Impessoal (eles, nós). Não usar “eu acho”, “na minha opinião”, pois o que você escreve e argumenta é o que pensa. Por exemplo: “Foi um grande erro o Brasil ter sediado a Copa do Mundo, pois gastou-se muito dinheiro com estádios e reformas e a Saúde e a Educação ficaram sem verbas, etc.”. Nesta frase há a opinião e argumento sobre o fato.
    - Lembrar que existe um “leitor” do seu texto (“ele” vai entender tudo o que você escreveu?)
    - Conclusão (finalizar o pensamento, como começou seu argumento).

    B) CRÔNICA -  “Futebol, quantas alegrias já me trouxe!
    Conceito de crônica: Gênero textual que narra acontecimentos do cotidiano (dia-a-dia), fatos simples como namoro, estudo, futebol, família, etc. O final da narrativa não é o mais importante e sim o acontecimento principal e a crítica.

    Contém sempre uma crítica/reflexão ao comportamento humano. Nesta crônica, há uma reflexão sobre o preconceito racial e comportamento humano sobre o fato do Pelé ser negro e abraçar duas loiras naquela época (“uma indecência”).

    - Tipos de narrador:
    1) Em 1ª ou 3ª Pessoa:

    - 1ª Pessoa (eu). Participa da história, pode ser o protagonista (principal), ou estar na narrativa.
    Por exemplo: “Costumo dizer que as mais puras e intensas alegrias da minha vida vieram do futebol” (eu costumo, minha vida”) ou “eu só tinha seis anos”.

    - 3ª Pessoa (ele). Conta para o leitor o que está acontecendo (narrador observador). Por exemplo, nesta crônica ficaria “ Ele costuma dizer / Costuma dizer” ou “Ela só tinha seis anos”, “não quer morrer sem ver o Brasil campeão”.

    2) O narrador pode ser protagonista (conta e atua), observador (sabe tudo e conta) e onisciente sabe os pensamentos das personagens e conta tudo ao leitor).

    C) FIGURA DE LINGUAGEM (sentido figurado, não real/material)
    Metáfora: uso de uma palavra no sentido de comparação/semelhança com outra. Exemplo: “A educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo” ou “o coração pulsando na mão”.

    Hipérbole: uso de uma palavra no sentido exagerado (relacionado a quantidade): “já falei mil vezes” “ ela chorou rios de lágrimas”.

    D) GRAMÁTICA

    1. VERBO: palavra que expressa ação. Pode ser regular (no infinitivo (sem conjugar) termina em ar, er, ir – amar, beber, partir) ou irregular (verbo ser: eu sou, tu és, ele é...).  
    Dicas: veja se a palavra está junto com um pronome pessoal – eu, tu, ele, nós, vós, eles - (“Costuma dizer”– quem costuma dizer? ele/ela, ou “torcedora que ouve o hino” – quem ouve? ela, torcedora). Tente conjugar (utilize o pronome e o verbo: eu estudo, tu estudas, ele estuda...).
    O verbo imperativo é o que dá uma ordem, opinião ou sugestão: “compre um novo” (imperativo afirmativo) ou “não lave o cabelo a noite” (imperativo negativo).

    2. SUBSTANTIVO: palavra que designa (nomeia) seres, objeto, atos, conceitos (arma, líder, educação, regime, futebol).

    3. ADJETIVO: palavra que expressa qualidade (boa ou ruim): “imagens fortes, “uma boba” “menina feliz

    4. POLISSEMIA (poli= muitos, semia = sentido). Nome que se dá a uma palavra que se escreve da mesma forma (mesma grafia), mas que possui significados diferentes, por exemplo: regime, forma, educação, botão, manga.


    E) Exercícios com as frases e texto sobre Nelson Mandela:

    “Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa cor da pele, da sua origem ou religião. (...) Se as pessoas aprendem a odiar, também podem ser ensinadas a amar, porque o amor nasce de forma mais natural no coração humano do que o sentimento oposto. ”

    “A educação é a arma mais poderosa que temos para mudar o mundo”.

    a) Verbos: nasce, odiando, aprendem, ensinadas, amar, etc.
    b) Substantivos: pessoa, cor, pele, religião, coração, etc.
    c) Figura de linguagem: “... a arma mais poderosa” (metáfora)
    d) Polissemia: educação, forma e regime.

    A notícia sobre o Dia Mundial Nelson Mandela – 18 de Julho -  e a crônica estão no blogger: http://cantinhodalinguaportuguesa5.blogspot.com.br


    Significação das palavras (sinônimos, antônimos e polissemia)

    Significação das Palavras

    Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias:

    Sinônimos
    As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimosExemplos:
    casa - lar - moradia - residência
    longe - distante
    delicioso - saboroso
    carro - automóvel
    Observe que os sentidos dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes. Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma coisa que outra.
    Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que, embora casa lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte frase:
    Comprei um novo lar.
    Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos textos.

    Antônimos
    São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos:
    mal / bem
    ausência / presença
    fraco /  forte
    claro / escuro
    subir / descer
    cheio / vazio
    possível / impossível

    Polissemia
    Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado nos múltiplos contextos em que aparece. Veja alguns exemplos de palavras polissêmicas:
    cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, da faca)
    banco (instituição comercial financeira, assento)
    manga (parte da roupa, fruta)



    Acesso: Julho de 2014

    segunda-feira, 21 de julho de 2014

    " A educação é a arma mais poderosa que temos para mudar o mundo." - 18 de Julho, Dia internacional Nelson Mandela.



    foto disponpivel em google imagem: https://www.google.com/search? 

    18 de julho, Dia Internacional Nelson Mandela, assinalado com doodle e palavras eternas

    SEXTA-FEIRA, 18 JULHO 2014 09:43 | ANTÓNIO HENRIQUES
    O símbolo maior da luta contra o Apartheid é lembrado hoje com um google doodle que cita alguns dos pensamentos que inspiram milhões, no combate à segregação racial e ao ódio.
    No dia em que completaria 96 anos, Madiba é lembrado, no Dia Internacional Nelson Mandela que representa uma homenagem ao histórico líder de África do Sul, premiado com um Nobel da Paz.
    Mandela nasceu em Mvezo, no dia 18 de julho de 1918. Graduou-se em advocacia, é um ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul, cargo que ocupou entre os anos 1994 e 1999. É unanimemente considerado o mais importante líder africano, sendo que o seu trabalho internacional na luta pelos direitos humanos foi reconhecido com a entrega do Prémio Nobel da Paz, em 1993.
    Até ao ano de 2009, Nelson Mandela dedicara 67 anos da sua vida ao serviço humanitário. Em homenagem a este líder da história mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 18 de julho como o Dia Internacional Nelson Mandela, para valorizar a luta pela liberdade, justiça e Democracia, protagonizada por Mandela à escala local, mas com uma dimensão mundial.
    Detido durante 27 anos, vítima do regime de segregação racial sul-africano, Nelson Mandela viria a ser libertado em 1990. Acabou por ser eleito o primeiro Presidente negro da África no Sul. É uma das mais importantes personalidades da história mundial e um símbolo pelos Direitos Humanos.
    O ex-presidente da África do Sul morreu aos 95 anos, em Pretória, no dia 5 de dezembro.
    Hoje, a Google recorda alguns pensamentos de Mandela, com este doodle. “Ninguém nasce a odiar outra pessoa por causa cor da pele, da sua origem ou religião”. Eis o sustentáculo da luta de Nelson Mandela.
    “Se as pessoas aprendem a odiar, também podem ser ensinadas a amar, porque o amor é mais natural no coração humano do que o sentimento oposto”, lê-se ainda, neste Dia Internacional de Nelson Mandela.
    Mas há outros pensamenos, a sublinhar no Dia Internacional de Nelson Mandela. “A educação é a arma mais poderosa que temos para mudar o mundo”. Era este o espírito de um mensageiro da paz. Mandela queria que as palavras calassem a guerra..
    “Ser livre não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma a respeitar e ampliar a liberdade dos outros”. Mandela esteve preso, lutou pela sua liberdade, mas nunca esqueceu a liberdade dos outros.
    A nossa maior glória não está em nunca cair, mas em levantarmo-nos sempre que caímos”. Madiba caiu, mas levantou-se sempre.
    Uma das frases que é escrita na pedra da Google é: “O que realmente conta na vida não é apenas o facto de termos vivido. É a diferença que fizemos nas vidas dos outros que determina a importância da nossa própria vida”.
    Faz todo o sentido que terminemos com ela, porque o que conta em Mandela não é o facto de ter vivido, mas a diferença que fez nas nossas vidas.
    Disponível em: http://www.ptjornal.com/2014071824402/geral/mundo/hoje-e-o-dia-internacional-de-nelson-mandela-lembrado-com-doodle-e-palavras-eternas.html. Acesso: 18/07/2014.

    domingo, 20 de julho de 2014

    Capitães da Areia - Jorge Amado

    Jorge Amado
    (site oficial do autor: http://www.jorgeamado.org.br)

    Capitães da Areia - 1937

    O tempo vai fechando de vez no país. É a ditadura do Estado Novo que se implanta. Recolhido na cidade de Estância, no interior de Sergipe, Jorge Amado começara a escrever um outro livro, terminando a sua redação já a bordo do navio Rakuyo Maru, em viagem para o México. É Capitães da areia.
    Uma história dos meninos-de-rua da Bahia, na década de 30. Narrativa do amor de Dora e Pedro Bala. Peripécias do bando de menores que perambula perigosamente pelas ruas e pelo cais de Salvador, cidade “negra e religiosa”, onde se projeta a personalidade da ialorixá Aninha, mãe-de-santo do Ilê Axé Opô Afonjá. Dora morre, doente, no trapiche enluarado. Pedro Bala é preso, foge, mete-se em greves de estivadores, até que se converte em “militante proletário, o camarada Pedro Bala”. O problema é que o livro é publicado em 1937, logo em seguida à implantação do Estado Novo, regime violentamente anticomunista. Assim, a edição é apreendida – e exemplares do livro são queimados em praça pública, na Cidade da Bahia, por representantes da ditadura. Mas de nada adiantou. Quando pôde voltar à cena, Capitães da areia conquistou o grande público e é ainda hoje um dos maiores sucessos de Jorge Amado.Escrito na cidade de Estância, Sergipe, em março de 1937, e concluído em junho, a bordo do navio Rakuyo Maru, no Pacífico, às costas da América do Sul, rumo ao México, o romance foi lançado em 1ª edição pela Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, em setembro de 1937, com 344 páginas.
    A 2ª edição, 1944, saiu pela Livraria Martins Editora, São Paulo, com ilustrações de Poty e, a partir de 1970, com capa de Carybé e retrato do autor por Carlos Scliar, constituindo o tomo quarto, volume VI, da coleção “Obras Ilustradas de Jorge Amado”, até a 38ª edição, 1975.

    Da 39ª edição em diante, passou a ser publicado pela Editora Record, Rio de Janeiro. A 98ª, 1999, a edição mais recente, 57ª desta editora, com fixação de texto por Paloma Jorge Amado e Pedro Costa, tem capa de Pedro Costa, sobrecapa com reprodução de quadro de Aldemir Martins, vinhetas das ilustrações de Poty por Pedro Costa, retrato do autor por Jordão de Oliveira, foto do autor por Zélia Gattai.
    No exterior, além da edição portuguesa, foram feitas traduções para o alemão, árabe, croata, espanhol, francês, grego, húngaro, inglês, italiano, japonês, libanês, norueguês, russo, tcheco e ucraniano.
    Teatro: espetáculo adaptado pelo padre Valter Souza, Salvador, 1958; adaptação de Carlos Wilson, encenada por diversos grupos teatrais no Brasil e no exterior; adaptação de Roberto Bomtempo, pela Companhia Baiana de Patifaria, 2002.
    Dança: espetáculo adaptado pelo Grupo Êxtase, Minas Gerais, 1988; por Raymond Foucalt e Plinio Mosca, França, 1988; por Friederich Gerlach, Alemanha, 1971; por Nanci Gomes Alonso, Argentina, 1987.
    Cinema: filme Capitães da areia, adaptação do cineasta Hall Bartlet, Los Angeles, Estados Unidos, 1971, com algumas cenas exteriores tomadas em Salvador. Exibido nos Estados Unidos e em outros países, continua inédito no Brasil.
    Televisão: minissérie, Rede Bandeirantes, direção de Walter Lima Jr., roteiro e adaptação de José Loureiro e Antônio Carlos Fontoura, 1989.
    Quadrinhos: adaptado por Ruy Trindade, publicado pela Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia, 1995.
    A Fundação Casa de Jorge Amado   comemorou os 50 anos do romance, em 1987, com seminários, lançamentos de livros e exposições em Salvador e Brasília e com uma edição fac-similar da sua 1ª edição com tiragem numerada de 1.000 exemplares, publicada com a colaboração do Governo de Brasília e da Editora Record.

    BIOGRAFIA - JORGE AMADO
    Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul do Estado da Bahia. Filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado.
    Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância. Fez os estudos secundários no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Neste período, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes.
    Publicou seu primeiro romance, O país do carnaval, em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano publicou seu segundo romance, Cacau.
    Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa.
    Em 1945, foi eleito membro da Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São Paulo. Jorge Amado foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia Gattai.
    Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu em Praga, onde nasceu sua filha Paloma.
    De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto, deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis.
    A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba em várias partes do Brasil. Seus livros foram traduzidos para 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em formato de audiolivro.
    Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado conforme seu desejo, e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência na Rua Alagoinhas, no dia em que completaria 89 anos.
    A obra de Jorge Amado mereceu diversos prêmios nacionais e internacionais, entre os quais destacam-se: Stalin da Paz (União Soviética, 1951), Latinidade (França, 1971), Nonino (Itália, 1982), Dimitrov (Bulgária, 1989), Pablo Neruda (Rússia, 1989), Etruria de Literatura (Itália, 1989), Cino Del Duca (França, 1990), Mediterrâneo (Itália, 1990), Vitaliano Brancatti (Itália, 1995), Luis de Camões (Brasil, Portugal, 1995), Jabuti (Brasil, 1959, 1995) e Ministério da Cultura (Brasil, 1997).
    Recebeu títulos de Comendador e de Grande Oficial, nas ordens da Venezuela, França, Espanha, Portugal, Chile e Argentina; além de ter sido feito Doutor Honoris Causa em 10 universidades, no Brasil, na Itália, na França, em Portugal e em Israel. O título de Doutor pela Sorbonne, na França, foi o último que recebeu pessoalmente, em 1998, em sua última viagem a Paris, quando já estava doente.
    Jorge Amado orgulhava-se do título de Obá, posto civil que exercia no Ilê Axé Opô Afonjá, na Bahia.
    Informações e texto disponíveis no site oficial do autor: http://www.jorgeamado.org.br/?page_id=75
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